terça-feira, 17 de julho de 2007

(Sem título)


Saudade — síntese de uma profusão de sentimentos
falta daquele olhar que vê o íntimo sem ser invasivo,
do sorriso que aquece a alma,
do toque que vai além do contato de pele,
das conversas sussuradas,
do silêncio de cumplicidade.

As noites passam a ser momentos
em que fantasiar o amor
é tão sublime quanto o amor em si.
As carícias trocadas ficam marcadas na pele,
como tatuagem.

O tempo e o espaço adquirem uma nova dimensão.
O longe pode parecer perto, o perto longe.
Mas o segundos que passamos afastados,
ah, os segundos,
se tornam horas,
as semanas viram meses.

E tudo o que quero é sublimar esta saudade
estando novamente e teus braços.

sexta-feira, 13 de julho de 2007

Paulista




É noite

caminho sobre o ar fresco da Avenida Paulista,

vinte e três graus, respiro no clima ameno de São Paulo,

namorados de mãos enlaçadas,

velhinhos com seus cães,

passantes andam apressados,

jovens clubbers e emos em bandos, entribados,

moradores de ruas com seus cachorros vira-latas,

e a lua me acompanha.


Me perco nos meus pensamentos,

tantas coisas a fazer,

encontrar uma casa pra morar,

trabalho, trabalho, trabalho,

as luzes dos prédios me sorriem,

os carros passam por mim,

as pessoas também.


Essa cidade me absorve,

mas estou vivendo em outra dimensão,

onde a cidade de São Paulo é minha,

somos uma só nessa noite estrelada

em que caminho sem pressa,

completamente absorta em meus pensamentos

vivendo e sendo a Paulicéia desvairada.